quarta-feira, 19 de março de 2008

O fantasma...

...Olhei em volta assustada. O que seria? o barulho parou, mas eu continei a olhar em volta. o barulho voltou. Dirigi-me na direcção do som, abri caminho com a minha espada pela mata espessa. de repente vi um vulto branco...parecia uma luz, movia-se pela floresta, parecia que procurava alguma coisa. De repente a luz virou-se para mim, tentei esconder-me mas ja não fuia tempo, viu-me e atacou. Agarrei na espada e defendi-me, mas o ataques dele eram muito rapidos...pensei que não conseguia. Caí desmaiada, ai ele apareceu, nos meus sonhos, o Dark apareceu para me dar força. Acordei, com o punhal do fantasma na garganta...
-Eu sou o teu passado...-disse ele.
Aí eu voltei a agarrar na minha espada e trespassei-o com ela. O fantasma desapareceu...
eu estava a ficar muito vulneravel, estava a ser atacada por partes de mim propria, tinha que voltar para perto da minha força! pus-me a caminho da vila. Voltar para os meus amigos, para os meus treinos na escola, para o meu bocadinho de felicidade....


(continua...)

terça-feira, 18 de março de 2008

Vencida pelo Vencedor...

Quando a felicidade é o mais querido dos sonhos, parece que nada nos faz chegar ate ela, que continua a ser uma tenue luz ao fundo do tunel. Mas para quê tentar alcançar algo que nunca vai chegar verdadeiramente, se ela vai aparecendo nos mais pequenos momentos.....



...Havia dias que viajava sem rumo, apenas pensava quando voltaria a ver o meu amor, mas tinha uma missão que não podia deixar para trás. Nesta missão não ia ter ajuda, nao havia Dark, nem Shine, nem Krysania, muito menos ele, o meu Winer... eu treinava todos os dias, pois as batalhas eram uma constante, quase todos os dias era atacada e nao estava disposta a perder uma sequer! Estava quase a acabar o tempo em que iria estar longe de todos...estava quase a voltar a vê-lo. nesse momento os meus pensamentos foram interrompidos, algo se mechia entre as folhas...


(continua... xD)
Portanto esta é a minha história, que agora finalmente tive coragem pa publicar...
E a partir de agora, vou dedicar-me a relatar a vida de uma gueereira que teve a sorte de ser transformada num anjo e, assim, conseguir vencer as batalhas que não pode evitar

Esse anjo sou eu, nao que me queira comparar a tal criatura mas porque a minha força e a dos meus sentimentos consegue ultrapassar a deles...

My story

Esta história baseia-se numa história que li há tempos e não me saiu da cabeça. Uma história de vida, tal como esta, cheia de coisas menos boas e algumas menos más.
É uma história de luta, luta pelos sentimentos e pela sobrevivência num mundo duro e cruel, em que nada avança sem guerra, sangue, suor e lágrimas, muitas lágrimas.




Acordei, ainda era noite. Não sei o que me levou a acordar a meio da noite. Sentia o peito apertado, como se algo fosse acontecer, mas não sabia o que podia ser. Tentei dormir, foi inútil, aquela sensação esquisita não passava, não aguentava mais e, de repente, tudo ficou negro. Senti que algo se aproximava, mas não consegui perceber o que era pois estava muito escuro, tentei levantar-me, não consegui, o meu corpo estava pesado como uma enorme pedra. Uma sombra dourada aproximou-se de mim, tocou-me, tentei fugir, estava amarrada, tentei gritar, beijou-me...
Abri os olhos, já era de manhã, olhei pela janela, estava um dia lindo. Saí da minha torre. Todos faziam a sua vida normalmente mas eu sentia-me diferente, algo em mim me dizia que a minha vida estava prestes a mudar. A minha vida sempre foi muita pacata, eu vivia numa rotina, isso não era para mim. Fui deitar-me debaixo de uma árvore, a minha árvore, um chorão enorme, para pensar. Nesse dia decidi partir, partir para descobrir o que realmente queria da minha vida, para me preparar para a vida. Dirigi-me a casa, arrumei as minhas coisas e pus-me a caminho, sem rumo.
Caminhei durante dias, enfrentei o frio, noites ao relento, florestas assustadoras mas não parei, nem dormi. Encontrei uma vila, escondida numa colina, dirigi-me para lá. Entrei. Procurei um sítio para ficar e depois decidi dar um passeia para conhecer o lugar. Encontrei uma academia onde se treinavam soldados, decidi entrar para me inscrever. Na recepção encontrei um anjo, um anjo de uma beleza divinal, não conseguia desviar o olhar dele, era forte, tinha um longo cabelo loiro, olhos verdes e um sorriso lindo. Ele falou comigo, não respondi, estava hipnotizada com a beleza dele. Voltou a falar, apercebi-me que se dirigia a mim, acordei daquele transe e fiz a minha inscrição na academia. Agora tinha mais um motivo para ficar naquela vila, naquela academia.
À noite no meu quarto, sentia-me sozinha, eu que tinha passado a vida a isolar-me dos outros, não conseguia tirar aquele anjo da cabeça. Adormeci.
De manhã sai e dirigi-me à academia para a minha primeira aula. Quando cheguei encontrei alguém que não via havia muito tempo: Storm. Tinha sido meu colega na minha cidade mas tinha partido para aprender a lutar e tornar-se general das tropas.
-Storm? És tu?
-Angel? Angel from your Nightmare? Nunca pensei ver-te aqui. O que fazes aqui?
-Decidi partir de Borville, estava farta de não fazer nada. Quero ser uma guerreira.
-Pois vou ajudar-te. Sou professor nesta escola. Daqui a uns dias vamos partir para uma batalha.
-Eu quero ir convosco!
Treinei incansavelmente. O Storm tornou-se o meu companheiro.
Todos os dias via o Dinars, o anjo, mas não conseguia aproximar-me dele. Havia algo nele que me perturbava.
Chegou o dia em que partíamos para a batalha, preparei-me com a minha armadura dourado e dirigi-me à praça onde o Storm me aguardava assim como as tropas. Dinars estava lá, preparado para partir, vestindo uma armadura prateada.
Caminhámos durante vários dias para enfrentar o nosso inimigo. Quando chegamos Storm dirigiu-se a mim.
-Vou proteger-te com a minha vida. Nunca deixarei que nada te faça mal. Durante a batalha segue todas as minhas instruções.
Eu aceitei contrariada. A ideia de ter que obedecer-lhe magoava-me.
Começou a batalha. Eu tirei as minhas espadas dourados e avancei para o inimigo mas o Storm disse-me para seguir atrás dele. Assim fiz. A batalha foi muito dura mas nós estávamos a vencer, eu matava monstros com toda a fúria no entanto Storm estava sempre a mandar-me proteger, eu queria lutar como os outros. De repente um enorme monstro apareceu por trás de mim, eu avancei para o matar mas o Storm meteu-se no meio derrubou as minhas espadas e foi atingido, desmaiou. Eu fiquei sozinha sem armas. Ia morrer. Fechei os olhos mas nada aconteceu. Quando abri os olhos o monstro estava morto aos meus pés. Alguém se aproximou de mim, eu assustei-me.
-Estás bem? – disse ele.
-Sim, estou. Quem és tu?
- O meu nome é Dark Soul.
- Salvaste-me a vida, obrigada.
- E tu, quem és?
- O meu nome é Angel from your Nightmare, todos me tratam por Angel.
-Tu és...um Anjo! - disse ele vendo as minhas asas – eu odeio anjos.
Eu levantei-me. Ele odiava-me, e eu a ele. Peguei nas minhas espadas e regressei para batalha. Lutei com todas as minhas forças e num instante tínhamos vencido.
Regressei para o acampamento, entrei na minha tenda, Storm estava a dormir. Não conseguia dormir por isso sai e dirigi-me para a floresta. Ao entrar, vi uma sombra negra, lembrei-me do meu sonho e fugi dali, corri sem direcção até que alguém me agarrou. Gritei assustada. Era o Dark Soul.
- Larga-me! – gritei.
- Volta para o sitio de onde vieste e enfrenta o teu destino! – disse ele calmamente.
- Quem és tu para me dar ordens?
- Tu é que sabes. Faz o que quiseres! – disse ele partindo.
Eu fiquei sozinha e resolvi voltar para o sitio onde tinha visto a sombra. Quando lá cheguei vi a sombra de novo. Eu tremia de medo mas avancei, quando me aproximei vi que era o Dinars. Ele olhou-me e disse:
- Olá! O que fazes aqui?
- Não conseguia dormir por isso decidi dar um passeio.
- O que te aconteceu hoje, na batalha? – perguntou ele
- Storm tentou ajudar-me mas foi ferido. Coitado!
- Tu ficaste em perigo por culpa dele.
- Ele só me queria proteger, ele adora-me!
- Ele protege-te muito! Como aguentas?
-Eu odeio isso mas sei que só o faz porque gosta muito de mim, por isso não o posso recriminar!
- Ok! Tu é que sabes. Eu ia odiar que alguém me fizesse isso.
Levantou-se e voltou para o acampamento. Eu fiquei sozinha naquela floresta escura a pensar no que me tinha dito.
Acordei, estava sozinha na floresta. Levantei-me e voltei para o acampamento. Storm já estava em pé, parecia que nada tinha acontecido, aproximou-se de mim.
- Onde estiveste a noite toda? – disse
- Na floresta.
- Já te disse que não te quero sozinha por aí!
- Eu sei cuidar de mim!
- Não quero saber disse. Tens que estar perto de mim!
- E se eu não quiser?
- Estiveste com o Dinars?
- Sim.
- Não te quero perto dele. Estás proibida de falar com ele!
- Ele é meu amigo e quero estar com ele quando me apetecer!
- Se gostas de mim não o voltas a ver!
Foi-se embora. Eu desatei a chorar e foi para a minha tenda. De lá vi o Dark na floresta. Não sei porquê mas dirigi-me para lá. Quando entrei na floresta ele olhou-me e perguntou:
- O que te aconteceu?
- Discuti com o Storm. – respondi.
Ela abraçou-me e assim ficamos horas. Ele passava as mãos fortes pelo meu cabelo, sentia-me tão bem, ele transmitia-me paz e força, uma paz que eu nunca tinha conhecido, uma força que nunca tinha sentido...
- Angel? – disse
- Diz!
- Tu és feliz?
Pensei durante um tempo.
- Não sei.
- Então porque não procuras a felicidade?
- Estou bem assim!
- Tens a certeza?
- Talvez...
- Tu e o Storm...
- Vais perguntar se nos amamos?
- Sim. Amam-se? Responde sinceramente.
- Ela ama-me muito e eu...
Calei-me. Não tinha a certeza se estava prestes a dizer algo verdadeiro.
- Não o amas? – perguntou Dark
- Mas...
- Procura dentro de ti a resposta. Acho que é evidente. Não escondas mais...
Fui-me embora. Quem era ele para dizer aquelas coisas? Pensei no Dinars. Porque é que não consegui parar de pensar nele?
No acampamento fui ter com o Storm.
- Vamos partir. – disse ele.
- Mas a guerra ainda não acabou!
- Para nos sim!
- Mas eu quero continuar... Foi para isso que sai de Borville!
- Eu vou partir se queres ficar, esquece-me!
Storm partiu e eu fiquei sozinha. Nos dias que se seguiram à partida dele eu sentia-me livre. Passeava pela floresta, convivia com os outros, tudo parecia bem, nem me lembrava que estava numa guerra. A cada dia que passava aproximava-me mais e mais do Dinars, ele era uma pessoa maravilhosa, quando o via o meu coração batia mais forte. Quando estávamos juntos era como se o mundo parasse só para nós dois mas... da parte dele não era assim!
Um dia, enquanto limpava as minhas espadas junto com o Light, um grande amigo meu, ele perguntou-me:
- Tu sentes alguma coisa pelo Dinars?
Não respondi. Não queria que ninguém soubesse que o amava já que não era correspondida, muito menos o Light.
- Podes confiar em mim! – insistiu ele.
- Sim, gosto dele.
- Eu sabia! Vê-se a léguas.
- Porquê? – perguntei.
- Pela forma como o olhas e como falas dele.
- É impossível! – lamentei.
- Ele é apaixonado por outra, uma rapariga que conheceu na escola, mas vale sempre a pena tentar!
- Não sei!
- Tenta!
Os dias passavam e eu só pensava nas palavras do Light. O Dinars amava outra pessoa. Ele nunca olharia para mim. Um anjo sem rumo, sem beleza, sem nada para lhe oferecer. Tentar, mas como?
Uma nova batalha se aproximava, eu treinava todos os dias com o Dark. Quando fazíamos um intervalo ele ouvia-me e eu a ele. Ele passou a ser a minha força, dava-me energia para continuar a viver, dava-me alegria, dava-me o meu Ser. Tornamo-nos inseparáveis, formamos um casal, não no sentido comum da palavra, mas como se juntos formássemos um só, sozinhos nunca conseguiríamos sobreviver. Dark Soul e Angel from your Nightmare nunca se vão separar.
O dia da batalha chegou. Eu e Dark estávamos a postos para o inicio desta. Dinars chegou liderando o exercito. Era lindo. A batalha começou. Eu e o Dark lutamos como nunca e a batalha terminou quase instantaneamente.
No fim da batalha fiquei para traz, no local da batalha. Olhei em volta, o Light dirigia-se para mim.
- O Dinars está na floresta. Vai ter com ele! – disse ele.
Eu dirigi-me à floresta. Encontrei o Dinars na clareira perto de uma cascata.
- O que fazes aqui? – disse ele.
- Preciso de falar contigo! – respondi.
- Já deves ter notado que eu gosto muito de ti, eu quero dizer-te que te amo!
- O Light já me tinha dito que achava que tu sentias alguma coisa por mim.
- E o que tens a dizer? – perguntei.
- Eu gosto muito de ti mas é como amiga. Não quero que te afastes de mim mas eu não gosto de ti como tu gostas de mim.
Aproximei-me dele, abraçou-me, aproximei a minha boca da dele, ele afastou-se. Fui-me embora.
Entrei na minha tenda e chorei, chorei a noite toda. A manhã chegou e eu ainda não tinha parado de chorar, Dark entrou na minha tenda deitou-se a meu lado e passou a mão pelos meus cabelos, não disse uma palavra, parecia que apenas me acompanhava na minha dor. Por fim falou.
- Porque estás assim? – perguntou.
- Falei com o Dinars. – respondi.
Ele compreendeu-me nesse instante e ficou ali comigo, sempre acariciando os meus cabelos.
No dia seguinte recebemos a noticia que deveríamos voltar a guerra havia acabado. Eu arrumei a minhas coisas e esperei pela hora da partida. Quando a hora chegou Dark Soul veio ter comigo, trazia consigo um lindo unicórnio branco.
- Toma, é para ti! – disse.
- Mas... para que me dás este presente? – perguntei.
- Porque somos um só!
Eu montei o meu unicórnio e ele o seu lindo cavalo negro e começamos a viagem de volta à nossa vila.
Quando chegamos, dirigi-me à minha casa, Dark acompanhou-me. Entrei, estava tudo abandonado.
- O que vais fazer agora? – perguntou ele.
- Arrumar isto.
- Eu referia-me ao que aconteceu.
- Ah! Isso. Não sei! – respondi.
Ele foi-se embora. Fiquei sozinha, agora podia pensar um pouco. Vivi toda a minha vida em função de alguém, estava na altura de isso mudar. Decidi apenas viver. Deitada na minha cama olhei em volta. Solidão. Estava sozinha. Levantei-me e sai. Como sempre o Dark estava a treinar, era incansável. Fui ter com ele. Passamos o resto do dia juntos a treinar. À noite quando cheguei a casa de novo a solidão. Não conseguia estar assim, decidi sair e ir até a floresta. Fui ate à cascata, encostei-me a uma pedra. O barulho da agua fazia-me bem, fazia-me companhia, adormeci. Quando acordei o Dark estava a meu lado.
- Que fazes aqui? – perguntou ele.
- Estou a evitar a solidão que me esta a consumir. – respondi.
- Sabes que estou sempre a teu lado, não precisas de te sentir só.
- A minha solidão é mais do que falta de companhia, é falta de alguém me ame, sinto falta de ser amada!
Ele abraçou-me com força.
- Estou sempre aqui para tudo! – disse – nunca te vou deixar.
Passaram-se dias, semanas, meses, Dark era a minha única companhia, um meu único apoio, a minha única solução, mas se o tinha a ele o que precisava mais? A resposta acabou por passar por mim, Dinars.
Estava uma noite maravilhosa, a lua cheia iluminava o céu como uma tocha. Tínhamo-nos reunida para jantar ao ar livre. Eu olhava em volta, o Dinars não estava connosco. O Dark pegou na minha mão.
- Sabes que eu gosto muito de ti, não sabes? – perguntou.
- Claro, és o meu melhor amigo. – respondi.
- Não estou a falar dessa forma.
Eu abracei-o, não consegui dizer nada perante esta revelação. Eu nunca conseguiria dizer uma palavra que o magoasse, pelo menos intencionalmente.
No fim do jantar fui sai da vila, e encontrei o Dinars. Parecia adoentado. Aproximei-me.
- Estás bem? – perguntei.
- Sim, claro! – respondeu.
- Posso fazer-te companhia?
Ele sorriu. Nunca o tinha visto assim. Nunca tinha visto um sorriso assim.
- Claro! Porque não? – respondeu-me, ainda com um sorriso nos lábios.
Sentei-me ao lado dele. Ele encostou a cabeça no meu ombro. Virei a cabeça para ver se estava bem e... ele beijou-me. Um beijo intenso com eu nunca tinha sentido. Deixei-me levar mas ele caiu, parecia desmaiado.
- Dinars, por favor responde! – gritei em pânico.
- Estou bem! – disse ele – Chama o Seutam!
Eu corri para a vila chamar o Seutam e levei-o ate ao sitio onde o Dinars estava. Deixei-os sozinhos. A minha presença já não era necessária. Afastei-me um pouco de modo a que continuasse a vê-los. Algum tempo depois o Dinars veio ter comigo.
- Angel! Desculpa o que aconteceu, não devia ter-se passado.
Eu fiquei em choque.
- Não tens que pedir desculpa. – respondi.
Fugi dali. Apetecia-me chora e ao mesmo tempo rir, rir à gargalhada. Estava tão feliz e ao mesmo tempo tão frustrada.
Dois dias depois, voltei à escola. Tinha que aprender novas técnicas de combate, tinha que estar preparada para a próxima batalha. Encontrei o Dinars, não falou comigo. Isso nunca tinha acontecido antes. Fugi dali a chorar, o Light foi atrás de mim.
-Estas assim por causa do Dinars? – perguntou – o Seutam disse-me o que tinha acontecido.
- Ele não falou comigo. – disse.
- Não fiques triste, ele é assim depois passa-lhe.
Foi-se embora. Limpei as lágrimas e dirigi-me de novo para a escola, o meu objectivo naquela vila era tornar-me uma grande guerreira. No caminho encontrei o Dark. Abraçou-me, mas tinha rancor no olhar, no entanto não deixava de ser o meu Dark, aquele que estava sempre a meu lado qualquer que fosse a situação.
O tempo passava e eu e o Dark íamos ficando mais unidos a cada dia que passava, no entanto eu não estava bem. Aproximei-me da Shine, uma linda fada, e ficamos muito amigas. No entanto eu precisava ficar longe daquele sitio. Decidi ir voltar para Borville, para passar uns tempos. Mas antes disso, iria haver uma festa na escola para todos os guerreiros que haviam participado nas batalhas. Jantamos ao ar livre e depois dançámos para festejar as nossas vitórias. Nessa noite vi alguém em quem nunca havia reparado antes, o nome dele era Winner, era um elfo lindo, de pele, cabelos e olhos escuros, com olhos bondosos e a expressão mais doce que eu alguma vez tinha visto. Durante a festa dançámos, dançámos muito. Ele dava-me o que eu estava a precisar naquele momento, atenção...
Depois disto voltei para Borville, que continuava pacata como quando eu a havia deixado. Apenas me correspondia com a Shine, com a quem falava sobre o Dinars, seu irmão e ás vezes sobre o Winner. Quase perdi o contacto com o Dark. Na minha cabeça reinava a maior das confusões mesmo longe o Dinars não me saia da cabeça, mas agora este pensamento era interrompido, pela lembrança da festa com o Winner. Comecei a corresponder-me com o Winner, estávamos cada vez mais próximos, apesar da lembrança do Dinars.
O tempo passou e chegou a festa do Verão, Borville festejava a chegada do bom tempo. Os meus companheiros vieram visitar-me, o Dinars e o Winner também tinham vindo, o Dark não. Era o momento da verdade, os dois perante mim, tinha que fazer a minha escolha. O Dinars continuava frio, apesar de o tentar disfarçar, o Winner continuava o doce de sempre.
Durante a festa afastei-me, o Winner foi ter comigo. Eu estava desanimada, ele sentou-se ao meu lado e ficou calado, eu encostei a cabeça no ombro dele e ele beijou-me. Nesse momento não sei o que pensei, só sei que o Dinars já tinha desaparecido do meu espírito para dar lugar ao amor, o amor pelo Winner. A mágoa a dor e o sofrimento haviam levado o Dinars para longe do meu coração, pelo menos no que se refere ao amor pois a forma como ele esteve presente na minha vida e no meu coração marcaram-me para sempre, como nunca havia acontecido, acho que ainda hoje me sinto ferida por esse amor... Mas nada disso interessava, tinha o Winner, aquele que me amava e me fazia sentir o mais belo, e o mais especial dos anjos.
Quando voltei para a vila, onde tudo isto começou, quando voltei para a academia, para voltar a treinar, não conseguia encontrar o Winner, então encontrei o Dark.
- Já sei de ti... e do Winner. – disse.
Eu fiquei parada. Pouco depois ele voltou, trazia o Winner consigo e disse:
- Se estás feliz, já cumpri o meu dever.
E afastou-se. Desejei que aquele não fosse o final da nossa historia, não foi. A partir daí o meu amor pelo Winner estava assumido. Eu amava-o tanto como ele a mim, parecia um sonho... finalmente percebi que até a mais triste das histórias tem um final feliz!!!!!!!!
Hoje escrevo com a saudade que marca todas as lembranças, pois apesar de todo o sofrimento, aprendi com isso e hoje posso dizer que sou completamente feliz. Aqueles que marcaram a minha vida vão estar sempre no meu coração. E aquele que hoje é o dono do meu coração espero que esteja sempre na minha vida... Obrigado a todos!





“Os anjos são a mais sublime das criaturas
Sou um anjo
Não por ser sublime
Mas por serem sublimes os meus sentimentos”

Angel from your Nightmare